A exposição Fruturos nasceu não só de uma série de pesquisas com os nossos 10 consultores da exposição, como também de várias viagens que foram feitas para a região amazônica. Em uma delas, em 2019 – a que ficamos mais tempo, três semanas –, nós visitamos, eu e os editores artístico e de conteúdo, Eduardo Carvalho e Emanuel Alencar, a Reserva Adolpho Ducke, que é uma reserva de pesquisa da floresta amazônica bem próxima de Manaus. E a gente visitou junto com a Noemia, que é uma pesquisadora do INPA, justo no período da noite. E foi super interessante para escutar o quanto a floresta se faz presente através dos ruídos dos animais à noite. A Noemia pesquisa cogumelos e a gente entrou para ver cogumelos bioluminescentes. Foi uma experiência incrível! A gente precisou caminhar alguns minutos pela floresta com lanternas, aí apagamos as luzes da lanterna determinada hora, deixamos nossos olhos se acostumarem… E aí começamos a ver os cogumelos bioluminescentes. Foi uma experiência incrível! Inclusive, depois que ligamos as lanternas novamente, vimos que tinha um escorpião bem perto da gente! Foi essa experiência que quisemos trazer para a sala Tempos Amazônicos, onde a gente retrata a floresta à noite – e lá estão os cogumelos bioluminescentes!
Estamos na primeira sala da exposição “Fruturos – Tempos Amazônicos”, que aborda a imensa biodiversidade da Amazônia e a sua importância pro equilíbrio com outros biomas do Brasil e do mundo.
Sabe os sons da floresta que você ouve nessa sala?
São gravações reais dos animais da Amazônia captadas pelo projeto Providence de monitoramento e conservação, projeto realizado pelo Instituto Mamirauá.
Na parte aquática, você pode ouvir uma mescla entre os sons do boto cinza (ou boto tucuxi), do boto cor de rosa e do peixe-boi marinho. E na parte terrestre, são os sons da floresta e as danças entre fauna e flora à noite. Aqui a gente percebe que a natureza está viva em qualquer hora do dia.
Além dos sons dos animais amazônicos, nessa sala há também a presença de uma folha da árvore coccoloba. Essa folha é considerada a maior folha dicotiledônea do mundo. Como se trata de um material biológico, pra gente trazer ela pra exposição, a gente teve ajuda do INPA, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, e da UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro. O INPA doou a folha pra UFRJ, e a UFRJ fez um empréstimo pra gente, para que o Museu do Amanhã pudesse expor a folha na exposição. Agora que você conheceu esses bastidores, explore a sala e continue a visita indo pra sala Amazônia Milenar.
A Amazônia é estratégica para o clima do Brasil e do nosso planeta por uma série de razões. Primeiro, ela controla a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera através da fotossíntese, ela controla a emissão de vapor d’água e a formação de nuvens e precipitação em grandes áreas da América do Sul e ela tem papel de regulação biológica através da sua enorme biodiversidade em grandes áreas da América do Sul.
O papel como sequestrador de dióxido de carbono é extremamente importante, pois a Amazônia contém 120 bilhões de toneladas de carbono e, portanto, é um reservatório estratégico de carbono nas áreas continentais do nosso planeta. Então, a Amazônia realiza serviços ambientais estratégicos na manutenção da chuva no Brasil central, que irriga a produtividade do agronegócio brasileiro.
Você está em:
Tempos Amazônicos
Como navegar
Clique nos ícones para mover-se pela sala ou para acessar pontos de interesse.
Como alternativa, utilize as teclas de seta para virar para avançar e recuar.
Clique e arraste a imagem para explorar a cena em 360º.
Como alternativa, utilize as teclas de seta para virar para a esquerda e para a direita.
Utilize a roda de deslocamento para aumentar ou diminuir o zoom.
Como alternativa, utilize as teclas de mais e menos.